
oto: Ascom/SEC
No ano em que se comemora o cinquentenário do Ilê Aiyê, estudantes e professores do Colégio Democrático Estadual Professora Florentina Alves dos Santos (Codefas), localizado no município de Juazeiro, tiveram a oportunidade de visitar a Senzala do Barro Preto, sede da Associação Cultural Ilê Aiyê, no bairro do Curuzu, em Salvador. Na casa do Mais Belo dos Belos, como o Ilê é conhecido, a comunidade escolar assistiu à palestra sobre a trajetória de resistência e orgulho negro do primeiro bloco afro do mundo; conheceu Vovô do Ilê, presidente da entidade; e participou de oficinas práticas de dança afro-brasileira e percussão. Foi um dia “ímpar e deslumbrante” para os jovens autores do projeto escolar antirracista Encrespa.
A banda percussiva da escola funciona como um espaço de debate, a partir de questões relacionadas à negritude. “Nossa escola está situada em uma área periférica, de população majoritariamente negra e aí pensamos em discutir esses temas através da música. Então, o Encrespa cresce, ao longo dos anos, aliado à educação científica e se baseando no cumprimento da Lei nº 10.639, que versa sobre a obrigatoriedade do ensino de cultura e história afro-brasileira”, ressalta a educadora. O projeto, complementa, ultrapassa os muros da escola, prevalecendo seu perfil de escuta, com atividades para crianças e jovens do bairro, como aulas de percussão. “O debate sobre as possibilidades de transformação a partir do letramento racial se dá em vários espaços. A ida ao Ilê Aiyê, em especial, significou estarmos em um território educativo muito rico, mágico, de reconhecimento mútuo”, celebra.
Fotos: Ascom/SEC
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