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Estudantes de Serrinha usam papel descartado e fibra do coco para desenvolver biocimento

Foto do escritor: portalrc10portalrc10

Produto, que é um dos finalistas da Solve for Tomorrow Brasil, tem baixo custo de fabricação e pode beneficiar comunidades carentes


Foto: Felipe dos Santos Lima


Em áreas mais afastadas, o acesso a calçadas pavimentadas ainda é um desafio. Para tornar a pavimentação mais acessível e melhorar a qualidade de vida nessas comunidades, estudantes do Centro Territorial de Educação Profissional do Sisal, em Serrinha, Maria Eduarda Meireles, Felipe Macedo, Claudemir Carvalho, Thiago Ferreira e Guilherme Paiva, com orientação de Thales Nascimento, criaram um biocimento sustentável à base de resíduos de papel e fibra de coco. O material pode ser usado para fabricar blocos de concreto com custo de R$ 41,57/m², oferecendo uma alternativa econômica à pavimentação tradicional, que tem valor médio de R$ 160/m².


O projeto começou quando os estudantes perceberam o descarte inadequado de papel na escola e decidiram utilizá-lo para produzir blocos. “Fazemos nossos pré-moldados no laboratório de edificações da nossa escola. No começo, era tudo improvisado. Misturávamos toda a matéria-prima, brita, papel, fibra, cimento e água manualmente e colocávamos em fôrmas de papel. Os resultados não eram tão bons. Hoje, temos fôrmas específicas e já contamos com maquinários adequados para produzir nossos blocos”, afirma Maria Eduarda.


O projeto, que tem apoio da Secretaria da Educação (SEC), é finalista da iniciativa Solve for Tomorrow Brasil, da Samsung, e ainda está em desenvolvimento. “Estamos nos sentindo vitoriosos, pois participar de uma iniciativa global e, ainda mais, ser finalista é uma grande conquista que, com certeza, levaremos para nossas vidas. Hoje, estamos representando não apenas nosso território de identidade, mas todo o território baiano. O próximo passo é automatizar a produção e, com isso, diminuir o preço do bloco para começar a comercialização, criando popularidade para o produto”, ressalta Claudemir Carvalho.


Bahia Faz Ciência

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